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CASA do OLIVAL - José Alvares de Souza Soares

  • Writer: Carmen Souza Soares Reis
    Carmen Souza Soares Reis
  • Jan 31
  • 3 min read

Updated: Jun 5

CASA DO OLIVAL - Toutosa, Marco de Canaveses

  

A Casa do Olival é uma bela propriedade, com história de eventos familiares siginificantes, e está conservada de maneira impecável. Fiz uma visita inesquecível a essa casa dos meus primos, que me receberam com muito carinho. O Visconde de Souza Soares (1846-1911) comprou essa casa de uns primos distantes, nos primeiros anos do século XX. Ainda não consegui a confirmação dos nomes dos parentes que venderam o imóvel ao nosso ancestral. Pelo falecimento do Visconde, a propriedade passou para o seu filho homônimo, o Dr. José Alvares de Souza Soares (1891-1960), e assim sucessivamente ao seu neto Dr. José Alvares de Souza Soares (1919-1984) e ao seu bisneto José Alvares de Souza Soares (5º do nome), que é o proprietário atual.


Casa do Olival - vista da estrada
Casa do Olival - vista da estrada

Minhas investigações genealógicas revelaram que houve uma senhora da antiga Quinta do Olival, que era da Casa do Ribeiro em Toutosa, e irmã de um ancestral nosso: ISABEL DE SOUZA tornou-se senhora da Quinta do Olival em 1652, quando casou-se com JOSÉ MARQUES DE MAGALHÃES. A Quinta do Olival permaneceu na posse da família Magalhães até a primeira metade do século XVIII.


Casa do Olival  - entrada
Casa do Olival - entrada

Os registros paroquiais de Toutosa revelam os nomes dos primeiros moradores dessa propriedade: PEDRO DIAS DO OLIVAL e sua mulher CATARINA FRANCISCA. Eles tiveram dois filhos: FRANCISCO DIAS DO OLIVAL e MARCOS DIAS DO OLIVAL, que foi casado com MARIA ROMÃO e faleceu em 4-3-1647 sem deixar filhos.


FRANCISCO DIAS DO OLIVAL faleceu em 29-1-1644 e sua mulher MARIA FIGUEIRA faleceu em 14-7-1647. Eles tiveram um filho, FRANCISCO FIGUEIRA, que casou-se com SABINA BARBOSA e não teve filhos. Quando Francisco faleceu em 7-8-1656, Sabina Barbosa ficou herdeira da quinta. Quando ela faleceu em 3-6-1677, a Quinta do Olival passou para seu sobrinho JOSÉ MARQUES DE MAGALHÃES, filho de seu irmão José Marques Barbosa.


JOSÉ MARQUES DE MAGALHÃES herdou a Quinta do Olival da sua tia Sabina Barbosa e casou-se em 25-11-1652 com ISABEL DE SOUZA, filha de Pedro Aleixo e Maria Francisca, da Casa do Ribeiro em Toutosa. Isabel era irmã do Sargento-Mór João de Souza Monteiro, senhor da Casa do Ribeiro, e do padre Pedro Aleixo de Souza (ancestral da família Souza Soares, pelos Souza Vasconcelos da Casa de Fundevilla em Carvalhosa). Isabel de Souza faleceu em 27-3-1700 e José Marques de Magalhães ficou com cinco filhos. Quando ele testou em 25-8-1723, três dos seus filhos já haviam falecido. Ele faleceu em 26-11-1725 deixando seu único filho sobrevivente JOSÉ DE MAGALHÃES BARBOSA como herdeiro universal. Houve uma filha sobrevivente, que era solteira e chamava-se Isabel de Souza como a mãe. Ela foi usufrutuária de diversos bens do pai, que passaram para o irmão depois da sua morte.  


Casa do Olival - vista lateral
Casa do Olival - vista lateral

Casa do Olival - outra vista lateral
Casa do Olival - outra vista lateral

JOSÉ DE MAGALHÃES BARBOSA, filho herdeiro de José Marques de Magalhães e Isabel de Souza, nasceu em 25-7-1667 e faleceu em 26-7-1731, vítima de um acidente. Sua mulher MARGARIDA BARBOSA DENIS viria a falecer dois anos depois, em 16-11-1733. Ficaram 8 filhos: Margarida Joana de Magalhães, José Marques de Magalhães, Mariana de Magalhães, Clara Eugenia, Guiomar de Magalhães, Alexandre de Magalhães, Maria Bernarda de Magalhães, e Josefa Maria de Magalhães. José de Magalhães Barbosa testou em 13-4-1731 e faleceu três meses depois. O herdeiro natural da Quinta do Olival seria o seu filho mais velho, José Marques de Magalhães (nascido em 18-10-1693), mas à altura do testamento do pai ele vivia no Brasil e já recebera o adiantamento da sua parte da herança para realizar a viagem e estabelecer-se por lá. Todos as filhas foram mencionadas no testamento e tornaram-se herdeiras usufrutuárias. O único outro filho varão, ALEXANDRE DE MAGALHÃES (nascido em 18-11-1698), ficou administrador dos bens das irmãs e faleceu em 30-10-1738 no estado de solteiro. A essa altura eu perdi o fio da meada...


Nenhum Magalhães da terceira geração teve herdeiros necessários, portanto o destino da Quinta do Olival fica envolto em mistério desde o fim do século XVIII e durante todo o século XIX. Parece evidente que Alexandre de Magalhães tenha vendido a Quinta do Olival a terceiros, e que a propriedade tenha mudado de mãos sucessivamente, até chegar aos tais primos distantes que a venderam ao nosso bisavô JOSÉ ALVARES DE SOUZA SOARES, Visconde de Souza Soares, na primeira década do século XX.


Outra vista da Casa do Olival
Outra vista da Casa do Olival

Em conversas com meus familiares, surgiram memórias que indicam que os parentes que venderam a quinta ao nosso bisavô eram descendentes do Visconde de Sobreira, Gaspar Pinto Magalhães Aguiar (nosso parente pela família da Casa do Folfurinho, em Castelões). Não posso afirmar mais nada nesse momento, mas há fortes indicações de que o nosso bisavô tenha comprado a Casa do Olival a uns primos ligados à Casa da Sobreira. A questão fica em aberto.


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Carmen Souza Soares Reis

16 Fevereiro 2025




 


 
 
 

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